| Sábado, 5/9/2015 › INTRODUÇÃO | Fonte: A | A | A | |
| Comentário por Pr. Albino Marks | ||
A amarga experiência da perseguição à Igreja de Deus marcou profundamente o espírito de Paulo. A lembrança dos maus tratos, infligidos com fria crueldade a inocentes e indefesas criaturas, aguilhoava-o persistentemente. A mudança de posição era tão chocante, que se considerava indigno da alta investidura recebida. Para os inimigos da verdade, porém, esta espantosa transformação era um argumento irrefutável do poder transformador de Cristo, ao qual não podiam resistir e contradizer.
Paulo, em suas cartas, lembra seu extremado zelo no judaísmo para demonstrar que a sinceridade no erro não tem valor algum. Se praticara as mais cruéis atrocidades, não o fizera por encontrar satisfação em seus instintos, mas no sincero desejo de preservar os princípios milenares da fé de seu povo. Todavia, labutava em erro. Tão logo a visão foi aberta, não titubeou no abandono das velhas práticas defendidas com tanto ardor, para adotar a linha correta com tal devoção e entusiasmo que surpreendeu os próprios apóstolos.
Apresentando a sua experiência, desconcertante e inexplicável para o judaísmo, gloriosa e profundamente significativa para a igreja nascente, Paulo declara que pregava “plenamente o evangelho de Cristo” (Rm 15:19), fundamentado “na lei de Moisés e dos profetas” (At 28:23) argumentando que o método divino de ensinar a graça e a salvação, teve a profunda mudança dos ritos e símbolos típicos, para o verdadeiro Substituto, Cristo Jesus morrendo sobre a cruz, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nesta mensagem, residia o poderoso argumento para a sua incompreensível mudança de posição do judaísmo para o cristianismo Em verdade, a mudança só teve lugar em relação às práticas da vivência espiritual, mas não em relação ao centro vital do plano redentor, bem como às doutrinas e princípios que o esclarecem para o pecador necessitado.
Pense: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue” (Gl 1:15 e 16, Almeida Revista e Atualizada).
Desafio: “Foi Ele que me julgou digno de confiança, tomando-me a Seu serviço, a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e violento. Mas foi-me concedida misericórdia, porque agi por ignorância, não tendo fé” (1Tm 1:12 e 13, Tradução Ecumênica da Bíblia).
Nenhum comentário:
Postar um comentário