sexta-feira, 27 de novembro de 2015

estudo diário da escola sabatina

Sábado, 21/11/2015
› INTRODUÇÃO

Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue dia a dia e tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9:23) Conforme já vimos em lições passadas Deus tem muitas maneiras de comunicar as suas mensagens para que o povo possa entender. Os profetas usavam metáforas, comparando o conhecido com o desconhecido; usavam símbolos como métodos de ilustração das lições; na lição desta semana o profeta foi orientado para usar representações práticas, ao vivo, para que os ouvintes o entendessem.

Jesus costumava ensinar por meio de parábolas comparando coisas desconhecidas com conhecidas, as celestiais com terrenas, as eternas com temporais.

Em Seu chamado para segui-lO, Jesus coloca duas condições em oposição: renúncia dos interesses próprios, transitórios, e assumir um comprometimento dia a dia de resposta submissa à sua vontade para receber os bens vindouros e eternos.

O foco central das mensagens de Deus é revelar para o ser humano a existência do grande conflito cósmico espiritual entre Cristo e Satanás, a verdade e o erro. E que este conflito que teve início no céu, onde todos os seres celestes tiveram que tomar uma decisão intelectual, fundamentada no conceito racional da liberdade de escolha concedida pelo Criador.

Do mesmo modo, esta guerra transferida para o planeta Terra com a queda de Adão, transforma a mente de cada ser humano em um campo de batalha, onde os dois poderes se enfrentam para obter a vitória pela decisão em favor da verdade ou do erro.

É esta guerra espiritual que Jeremias representa com diferentes cenas para despertar os seus adormecidos ouvintes para a realidade dramática de sua rejeição de Deus e o castigo certo e iminente de seu cativeiro. As lições são para os nossos dias que vivemos o clímax do grande conflito. A nossa decisão e escolha é de consequências eternas.


Pense: “Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança” (Rm 15:4, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (1Pe 5:8, Nova Versão Internacional).


Domingo, 22/11/2015
› UMA VIDA SOLITÁRIA

O profeta é orientado por Deus para comunicar as Suas mensagens em três representações ao vivo. A primeira é realmente um desafio para o profeta: ele não devia casar. Em todos os tempos o casamento foi uma experiência desejada tanto pelo homem como pela mulher.

Salomão declara que a mulher é a delícia do homem (Ec 2:8, ARA), e aconselha: “Desfrute a vida com a mulher a quem você ama. (...) Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol” (Ec 9:9, Nova Versão Internacional).

Para o profeta Ezequiel Deus disse: “Eis que, às súbitas, tirarei a delícia dos teus olhos” (Ez 24:16, Almeida Revista e Atualizada). E ainda orientou que não devia chorar nem lamentar e verter lágrimas pela perda. A experiência dramática de Ezequiel seria uma representação viva das desgraças que ainda acometeriam o povo judeu, tanto para os exilados como para os remanescentes que ainda estavam em Judá e em Jerusalém (Ez 24:21).

Idêntica era a mensagem de Jeremias. Não casando e se privando desta experiência maravilhosa do convívio conjugal, estava tipificando todas as desgraças que sobreviriam ao reino de Judá por sua obstinação e rebeldia contra Deus.

Na segunda representação devia ter conduta semelhante à do profeta Ezequiel, não entrando em casa de luto para condoer-se e chorar a perda de alguém, porque quando a destruição sobreviesse, a calamidade seria tamanha que não havia condições para lamentações (Jr 16:5-7).

Na terceira representação ao vivo, Jeremias não devia participar de nenhum banquete onde houvesse alegria, comendo e bebendo, porque com a vinda do inimigo destruidor, Deus faria cessar toda a alegria e mesmo o mais jubiloso de todos os acontecimentos: a festa nupcial (Jr 16:8 e 9).

Quando o profeta fosse interrogado de maneira justificativa, que pecado haviam cometido contra Deus para merecer tantas desgraças, ele devia adverti-los que desde muito tempo os seus antepassados foram rebeldes contra Deus e que eles estavam agindo de maneira pior do que os seus pais (Jr 16:10-13).

Todas estas experiências e advertências foram escritas para que nós façamos avaliações de nossa conduta do relacionamento para com Deus. Somos obedientes ou também rebeldes?


Pense: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4, Almeida Revista e Atualizada).

Desafio: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3:16, Almeida Revista e Atualizada).


Segunda-Feira, 23/11/2015
› O JUGO DE JEREMIAS

Zedequias começou o seu reinado ao final da segunda invasão da Babilônia. Joaquim, que teve um reinado de pouco mais de três meses, foi levado cativo para a Babilônia e Nabucodonosor “proclamou Zedequias, tio de Joaquim, rei sobre Judá e Jerusalém” (2Cr 36:10, Nova Versão Internacional).

Foi no começo deste reinado que Jeremias foi orientado por Deus para fazer um jugo com cordas e madeira e colocá-lo sobre o pescoço como uma demonstração ao vivo para que Zedequias se submetesse a Nabucodonosor e não resistisse, porque esta era a determinação de Deus. A resistência e insubmissão ao rei Nabucodonosor seria insubmissão a Deus.

Deus é o Criador e Proprietário do Universo e o Senhor da história. É Ele quem determina e controla todos os acontecimentos. Para aquele tempo Ele declarou: “Agora, sou eu mesmo que entrego todas essas nações nas mãos de meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia” (Jr 27:6, Nova Versão Internacional).

O centro da mensagem do profeta descreve o que Deus fará com o Império Babilônico em surgimento. Deus reafirma o Seu poder como Criador e o Seu direito de soberania sobre toda a Sua criação. Como é o proprietário, confere o domínio para quem Lhe apraz. Nesta oportunidade entregaria o domínio para Nabucodonosor, rei da Babilônia, para cumprir os Seus propósitos.

Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo-misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade” (Educação, p. 173).

Destacamos que a história bíblica tem como objetivo principal apresentar para o ser humano o plano da Salvação em Cristo Jesus. A sequência de todos os acontecimentos espirituais e temporais convergem para este centro.

Jeremias estava transmitindo os últimos apelos do amor e da graça de Deus para Judá compreender a Sua liderança e os Seus propósitos.


Pense: “Passarão sete tempos até que admitas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer” (Dn 4:25, Nova Versão Internacional).

Desafio: “O seu domínio é um domínio eterno; (...) Ele age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: ‘O que fizeste’” (Dn 4:34 e 35, Nova Versão Internacional).


Terça-Feira, 24/11/2015
› GUERRA DOS PROFETAS

Estava conduzindo uma semana de reavivamento espiritual em uma igreja, quando depois de um dos encontros da noite, um ancião da igreja me procurou e disse: “Pastor, o irmão está dizendo aquilo que a igreja precisa ouvir, mas não é isto que ela quer ouvir”.

Jeremias estava dizendo para o povo de Judá o que ele precisava ouvir, mas não era aquilo que ele queria ouvir. Apareceu Hananias, um profeta de moto próprio, que transmitiu as mensagens que o povo desejava ouvir e entrou em conflito com Jeremias. O detalhe importante é que tanto Jeremias como Hananias reclamavam para si a comissão de enviados de Deus. Quem era o verdadeiro comissionado? Como identificar quem estava dando à trombeta o sonido certo?

Jeremias primeiro colocou a prova em quem atentava para o testemunho dos profetas predecessores e harmonizava a sua mensagem com a daqueles (Jr 28:8). Em seguida chamou a atenção para o cumprimento das predições, com estas palavras: “Mas o profeta que profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se aquilo que profetizou se realizar” (Jr 28:9, Nova Versão Internacional).

Paulo, em seus dias condenou duramente pregadores que buscavam benefícios pessoais pregando o evangelho de Cristo: “Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo” (2Co 11:13, Nova Versão Internacional).

Jesus também alertou os Seus discípulos contra os exploradores espirituais: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores” (Mt 7;15, Nova Versão Internacional).

Como sempre houve falsos ensinadores corrompendo as verdades de Deus, enviados por Satanás para combater o plano redentor, assim, hoje aparecem muitos declarando-se mensageiros de Deus. Resistem à prova de verdadeiros arautos do Soberano do Universo? Jesus declarou: “Vocês os reconhecerão pelos seus frutos” (Mt 7:16, Nova Versão Internacional).

Para aceitá-los como verdadeiros mensageiros comissionados por Deus a sua conduta e os seus ensinos precisam harmonizar com o testemunho que os antepassados deixaram escrito. Não satisfazendo esta prova, devem ser rejeitados.


Pense: “Disse, pois, o profeta Jeremias ao profeta Hananias: ‘Escute, Hananias! O Senhor não o enviou, mas assim mesmo você persuadiu esta nação a confiar em mentiras’” (Jr 28:15, Nova Versão Internacional).

Desafio: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8:20, Almeida Revista e Atualizada).


Quarta-Feira, 25/11/2015
› O JUGO DE FERRO

Duas levas de cativos já haviam sido transportadas para a Babilônia. A primeira em 605 a.C. e a segunda em 598 a.C. Como o espírito de apostasia estava cada vez mais forte o profeta Jeremias passou a representar ao vivo o que transmitia em suas mensagens orais. Assim por orientação divina, fez um jugo de madeira que colocou sobre o pescoço, para indicar aos que ainda estavam em Jerusalém e Judá, se continuassem com suas atitudes de desobediência e rebeldia contra Deus, também terminariam levados para o cativeiro.

Hananias, falso profeta, opondo-se a Jeremias, proclamou que dentro de dois anos os cativos que estavam na Babilônia, retornariam para Judá. Jeremias, de maneira irônica confrontou Hananias: “Amém! Que assim faça o Senhor!” (Jr 28:6). Na sequência acusou o falso profeta de desconhecer o testemunho dos profetas do passado que predisseram o castigo em consequência da rebeldia.

Hananias tirou o jugo do pescoço de Jeremias e o quebrou, dizendo: “É deste modo que quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia” (Jr 28:11).

Deus orientou o profeta Jeremias para fazer um jugo de ferro, como demonstração inequívoca de que as Suas ameaças se cumpririam infalivelmente, se não houvesse arrependimento por parte do povo. Jeremias também declarou para Hananias de que como ele fez o povo confiar em mentiras, ele morreria naquele mesmo ano, o que aconteceu (Jr 28:16 e 17).

A incredulidade na Palavra de Deus é um pecado que limita a Sua ação em favor de Seus filhos. Paulo declara que os israelitas que foram libertos do Egito não puderam entrar na terra da promessa por causa da incredulidade (Hb 3:19). Em razão do mesmo pecado, Jesus não pode realizar muitos milagres em Nazaré, a cidade onde fora criado (Mt 13:58).

Em nossos dias corremos o mesmo risco de privar-nos das bênçãos de Deus pela incredulidade em Suas orientações. Questionamos a seriedade das instruções de Deus para a nossa conduta como Seus filhos. Judas adverte que há mesmo aqueles que “transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Jd 4, Nova Versão Internacional).

Há aqueles que fazem das práticas do mundo ou do eu um outro senhor além do único Senhor, Jesus. Isto pela incredulidade em sua Palavra.


Pense: “Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram!” (Sl 78:40, Almeida Revista e Atualizada).

Desafio: “Pois eles não creram em Deus nem confiaram no seu poder salvador” (Sl 78:22, Nova Versão Internacional).


Quinta-Feira, 26/11/2015
› CONFIANDO EM MENTIRAS

No ambiente perfeito do Céu, Lúcifer contestou e acusou a perfeita justiça e o perfeito amor do caráter de Deus, e lançou dúvidas sobre a integridade de Sua justiça e a grandeza de Seu amor santo. Esta foi a mercadoria comercializada por Lúcifer. Esta mercadoria traz uma marca: Injustiça.

No jardim do Éden, junto a árvore do conhecimento do bem e do mal, a mesma mercadoria foi oferecida para Eva: “Foi isto mesmo que Deus disse?” (Gn 3:1, Nova Versão Internacional).

Lançada a dúvida sobre a orientação de Deus, o ataque foi feito sobre a justiça e o amor de Seu caráter. Ele está limitando o vosso crescimento e impedindo um grau superior de conhecimento. As mentiras a respeito do caráter de Deus são a mercadoria base do comércio de Satanás.

No deserto da Judéia a mesma estratégia de guerra foi usada contra Jesus: “Se tu és...”. “Satanás foi sutil, a falsidade é a matéria prima do seu comércio. Com todo o poder que possuía, tentou vencer a humanidade de Cristo” (Meditação Matinal, 2002, p. 217, E.G.White).

A história do engano é repetitiva, mas o ser humano não consegue aprender a lição. Satanás continua lançando dúvidas sobre as orientações de Deus e confunde a mente do ser humano.

Assim aconteceu nos dias do profeta Jeremias. Hananias, um falso profeta, emissário de Satanás, persuadiu o povo a confiar em mentiras (Jr 28:15).

Com as suas falsas promessas feitas em nome de Deus, de bons acontecimentos imediatos, semeou a dúvida na mente do povo em relação às advertências de Deus transmitidas por Jeremias e enganou o povo.

Naquela oportunidade a ação de Deus foi imediata e dois meses depois o falso profeta morreu.

Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. ‘Deus criou o homem à Sua imagem’ (Gn 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais completamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento” (Educação, p. 15).

Portanto, Deus criou o homem com a possibilidade de desenvolvimento em todas as suas faculdades espirituais, morais e intelectuais. Logo, o homem sempre teria motivações para crescer. Semelhante à imagem de Deus em todos estes aspectos, mas não como Deus ou um deus.


Pense: “Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus” (Jo 8:47, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a gloria, agora e para sempre! Amém” (2Pe 3:18, Nova Versão Internacional).



Sexta-Feira, 27/11/2015
› ESTUDO ADICIONAL

Vivendo sob o domínio o pecado, o ser humano alimenta expectativas imediatas. Como sabe que sua passagem por este mundo é breve, procura alcançar o máximo de benefício em curto espaço de tempo. Este é um aspecto positivo. Quando criou o ser humano, Deus o dotou com o senso de expectativas e propósitos. O ser humano recebeu uma centelha do espírito que é um atributo do Criador: realizar. Sem este atributo, o ser humano não teria nenhuma motivação para se empenhar em qualquer coisa.

O salmista Davi, levanta a pergunta e a responde: “Que é o homem, (...) para que com ele te preocupes? (...) Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos” (Sl 8:4 e 6, Nova Versão Internacional).

Dotado do espírito de realização, mas de curta expetativa de vida, o ser humano é imediatista para garantir o seu futuro. Entrega-se a faina incansável e quando se dá conta, o futuro evaporou.

O plano de Deus para o homem de dominar sobre as Suas obras criadas, sofreu o impacto do pecado, mas não alterou o plano. Acionando o plano da salvação, Deus concede para o ser humano a expectativa mediata da esperança de um futuro de eternidade. O direito da liberdade da escolha concedido por Deus é que define o futuro. Se a escolha é imediatista, o futuro não existirá. Se a escolha é mediata, confiando na promessa do plano de Deus, o futuro é uma certeza absoluta.

Para Judá Deus fez o convite de apelo: “‘Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jr 29:11, Nova Versão Internacional).

O plano de Deus era de bênçãos em sua pátria terrestre, mediante obediência e de eternidade como segunda e recompensa final. As duas condições eram mediatas. Seu cumprimento necessita de tempo, mas é certo.

Hananias, com falsas promessas imediatas enganou o povo e trouxe as consequências do exílio que Deus estava procurando evitar enviando as Suas mensagens pelo profeta Jeremias.

Como vivemos hoje os dias de nossa esperança? Somos impacientes em nosso tempo de espera pelo livramento da escravidão do pecado, ou sabemos aguardar com paciência, com trabalho perseverante e com certeza de fé esse almejado dia?


Pense: “Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguada que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera” (Tg 5:7, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14:12, Nova Versão Internacional).

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

leitura semanal

Sexta-feira, 27/11/2015 

 ESTUDO ADICIONAL 

Comentário por Pr. Albino Marks
Vivendo sob o domínio o pecado, o ser humano alimenta expectativas imediatas. Como sabe que sua passagem por este mundo é breve, procura alcançar o máximo de benefício em curto espaço de tempo. Este é um aspecto positivo. Quando criou o ser humano, Deus o dotou com o senso de expectativas e propósitos. O ser humano recebeu uma centelha do espírito que é um atributo do Criador: realizar. Sem este atributo, o ser humano não teria nenhuma motivação para se empenhar em qualquer coisa. 

O salmista Davi, levanta a pergunta e a responde: “Que é o homem, (...) para que com ele te preocupes? (...) Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos” (Sl 8:4 e 6, Nova Versão Internacional).

Dotado do espírito de realização, mas de curta expetativa de vida, o ser humano é imediatista para garantir o seu futuro. Entrega-se a faina incansável e quando se dá conta, o futuro evaporou. 

O plano de Deus para o homem de dominar sobre as Suas obras criadas, sofreu o impacto do pecado, mas não alterou o plano. Acionando o plano da salvação, Deus concede para o ser humano a expectativa mediata da esperança de um futuro de eternidade. O direito da liberdade da escolha concedido por Deus é que define o futuro. Se a escolha é imediatista, o futuro não existirá. Se a escolha é mediata, confiando na promessa do plano de Deus, o futuro é uma certeza absoluta. 

Para Judá Deus fez o convite de apelo: “‘Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jr 29:11, Nova Versão Internacional). 

O plano de Deus era de bênçãos em sua pátria terrestre, mediante obediência e de eternidade como segunda e recompensa final. As duas condições eram mediatas. Seu cumprimento necessita de tempo, mas é certo. 

Hananias, com falsas promessas imediatas enganou o povo e trouxe as consequências do exílio que Deus estava procurando evitar enviando as Suas mensagens pelo profeta Jeremias.

Como vivemos hoje os dias de nossa esperança? Somos impacientes em nosso tempo de espera pelo livramento da escravidão do pecado, ou sabemos aguardar com paciência, com trabalho perseverante e com certeza de fé esse almejado dia? 
Pense: “Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguada que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera” (Tg 5:7, Nova Versão Internacional).
Desafio: Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14:12, Nova Versão Internacional).

CONFIANDO EM MENTIRAS

Quinta-feira, 26/11/2015 

 CONFIANDO EM MENTIRAS 

Comentário por Pr. Albino Marks
No ambiente perfeito do Céu, Lúcifer contestou e acusou a perfeita justiça e o perfeito amor do caráter de Deus, e lançou dúvidas sobre a integridade de Sua justiça e a grandeza de Seu amor santo. Esta foi a mercadoria comercializada por Lúcifer. Esta mercadoria traz uma marca: Injustiça.

No jardim do Éden, junto a árvore do conhecimento do bem e do mal, a mesma mercadoria foi oferecida para Eva: “Foi isto mesmo que Deus disse?” (Gn 3:1, Nova Versão Internacional). 

Lançada a dúvida sobre a orientação de Deus, o ataque foi feito sobre a justiça e o amor de Seu caráter. Ele está limitando o vosso crescimento e impedindo um grau superior de conhecimento. As mentiras a respeito do caráter de Deus são a mercadoria base do comércio de Satanás.

No deserto da Judéia a mesma estratégia de guerra foi usada contra Jesus: “Se tu és...”. “Satanás foi sutil, a falsidade é a matéria prima do seu comércio. Com todo o poder que possuía, tentou vencer a humanidade de Cristo” (Meditação Matinal, 2002, p. 217, E.G.White).

A história do engano é repetitiva, mas o ser humano não consegue aprender a lição. Satanás continua lançando dúvidas sobre as orientações de Deus e confunde a mente do ser humano.

Assim aconteceu nos dias do profeta Jeremias. Hananias, um falso profeta, emissário de Satanás, persuadiu o povo a confiar em mentiras (Jr 28:15).

Com as suas falsas promessas feitas em nome de Deus, de bons acontecimentos imediatos, semeou a dúvida na mente do povo em relação às advertências de Deus transmitidas por Jeremias e enganou o povo. 

Naquela oportunidade a ação de Deus foi imediata e dois meses depois o falso profeta morreu.

Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. ‘Deus criou o homem à Sua imagem’ (Gn 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais completamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento” (Educação, p. 15).

Portanto, Deus criou o homem com a possibilidade de desenvolvimento em todas as suas faculdades espirituais, morais e intelectuais. Logo, o homem sempre teria motivações para crescer. Semelhante à imagem de Deus em todos estes aspectos, mas não como Deus ou um deus.
Pense: “Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus” (Jo 8:47, Nova Versão Internacional).
Desafio: Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a gloria, agora e para sempre! Amém” (2Pe 3:18, Nova Versão Internacional).

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

lição diária - escola sabatina

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4º Trimestre de 2015 - Jeremias
Comentário da Lição 07 - A crise continua


Sábado, 7/11/2015
› INTRODUÇÃO

O que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor que faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:24). Quando avaliamos a história do povo de Israel, que, dividido pelo cisma com Roboão e Jeroboão, é quase impossível compreender a sua trajetória. Deus fala do humilde começo deste povo e de sua gloriosa expectativa: “Olhem para Abraão, seu pai, e para Sara, que lhes deu à luz. Quando eu o chamei, ele era apenas um, e eu o abençoei e o tornei muitos” “Saia da sua terra, (...) e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Farei de você uma grande nação, e o abençoarei (...) e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Is 51:2 e Gn 12:1-3, Nova Versão Internacional).

Que plano glorioso para um povo! No grande conflito cósmico espiritual entre Deus e Satanás, este povo deveria desempenhar a responsabilidade de testemunha, por sua conduta, na vindicação do caráter de Deus perante o Universo, na obediência à Sua lei, e de arautos da Sua justiça e de Seu amor na proclamação do plano da salvação.

Jesus declarou: “Eu sou a verdade” (Jo 14:6), e orou ao Pai em favor daqueles que O aceitam como a Verdade: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17, Nova Versão internacional).

Este foi o grande propósito colocado para o povo de Israel: “Vejo um povo que vive separado e não se considera como qualquer nação” “Israel, Meu povo, era santo para o Senhor, os primeiros frutos de sua colheita; todos os que o devoravam eram considerados culpados, e a desgraça os alcançava, declara o Senhor” (Nm 23:9 e Jr 2:3, Nova Versão Internacional).

Esta era a característica inconfundível do povo de Deus, quando foram libertos da escravidão do Egito. Eram separados, santos para o Senhor. Deus não permitia que tocassem nos Seus ungidos ou maltratassem os Seus profetas (Sl 105:15).

No entanto, deste povo Deus fala por meio do profeta Jeremias: “É a falsidade, não a verdade, que prevalece nesta terra. Eles vão de um crime a outro; eles não me reconhecem declara o Senhor” (Jr 9:3, Nova Versão Internacional).

A crise do relacionamento com Deus foi se agravando com o passar dos séculos e o povo que era separado e santo, vivendo a verdade em sua beleza imaculada, transformou-se em adúlteros contumazes e um bando de traidores; deixaram de viver e falar a verdade e se tornaram hábeis mentirosos na conduta e nas palavras. (Jr 9:2 e 5).


Pense: “Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira. Mas, quando eles vieram a Baal-Peor, consagraram-se àquele ídolo vergonhoso e se tornaram tão repugnantes quanto aquilo que amaram” (Os 9:10, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira. Mas, quando eles vieram a Baal-Peor, consagraram-se àquele ídolo vergonhoso e se tornaram tão repugnantes quanto aquilo que amaram” (Os 9:10, Nova Versão Internacional). 


Domingo, 8/11/2015
› RAZÕES PARA SE GLORIAR

Quando se atenta para as mensagens do profeta, compreendendo que está falando em lugar de Deus como Seu porta voz e não comunicando as suas próprias palavras, os argumentos são tremendamente significativos e profundos em seu sentido. Avaliemos este argumento: “Ah, se a minha cabeça fosse uma fonte de água e os meus olhos um manancial de lágrimas! Eu choraria noite e dia pelos mortos de meu povo” (Jr 9:1, Nova Versão Internacional).

Estes sentimentos são apenas do profeta ou expressam também os sentimentos de Deus? Certamente Deus colocou estas expressões de sentimentos de profunda tristeza na mente e na boca do profeta, mas até certo ponto refletem a grande decepção de Deus quando avalia a rejeição dos planos maravilhosos que fizera para Israel. Paulo advertiu seus filhos na fé com estas palavras: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção” (Ef 4:30, Nova Versão Internacional).

Observemos em duas traduções qual a reação de Deus em face do pecado: “E isso cortou-lhe o coração”, “E afligiu-se o seu coração” (Gn 6:6, Nova Versão Internacional e Bíblia de Jerusalém). O pecado do homem de rejeitar a Deus na manifestação de Seu amor e de Sua graça, é tremendamente doloroso para o Seu coração

Por outro lado, quando o pecador se volta para Deus e O glorifica por conhece-lO como o único Deus vivo e verdadeiro, e compreende as Suas orientações como as únicas que proporcionam alegria plena, Deus se agrada destas coisas e de quem as pratica (Jr 9:23 e 24).

Foi para este propósito que Deus criou o ser humano bem como todas as Suas criaturas: “Todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz” (Is 43:7, Nova Versão Internacional).

Esta é a grande razão de gloriar-se: saber que Deus nos criou para a Sua glória e para glorificá-lO. Porém, esta demonstração de glorificação precisa partir de um coração dominado pelo amor que escolhe a Deus, o criador e mantenedor de todo o Universo e de todas as Suas criaturas e faz dEle a única razão de glória.


Pense: “‘Mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado’, diz o Senhor” (Jr 9:24, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Mas longe de mim esteja gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6:14, Almeida Revista e Atualizada).


Segunda-Feira, 9/11/2015
› CRIATURAS OU O CRIADOR

Busquem o bem, não o mal, para que tenham vida. Então o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará com vocês, conforme vocês afirmam” (Am 5:14, Nova Versão Internacional).

No Éden, a vida estava relacionada com a prática do bem. O bem estava relacionado com a expressão da vontade de Deus. Enquanto o homem, criado à semelhança de Deus, vivesse em harmonia com a expressão da vontade de Deus, ele receberia vida da fonte de vida que é a fonte do bem.

Se praticassem o mal, declarou-lhes Deus: “certamente morrereis”. Logo, buscar o bem, que é a proposta do profeta Amós para o povo de Israel, encontra seu antítipo no relacionamento que Adão e Eva mantinham com Deus no jardim do Éden, antes de sua desobediência.

Nos dias do profeta Jeremias o povo de Judá caíra na mais abominável apostasia adorando ídolos de fabricação humana e que nada significavam. Ele proclama para o povo o imenso contraste: “Mas o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus vivo; o rei eterno” (Jr 10:10, Nova Versão Internacional). Ele é o Deus Criador que fez os astros, o mar, a terra. Ele é o Deus do amor, da justiça, da graça e do perdão. É o Deus que transforma a vida e o caráter, devolvendo-lhe a Sua semelhança.

Como saber, no mundo em que vivemos, o que é o Bem e o que é o mal? Existem forças que militam contra Deus com Criador e orientador espiritual e moral. Destacam-se as ciências e as culturas.

Para Judá, no cativeiro babilônico, por meio do profeta Ezequiel, Deus questionou a conduta do povo: “Vocês não agiram segundo os meus decretos nem obedeceram às minhas leis, mas se conformaram aos padrões das nações ao seu redor” (Ez 11:12, Nova Versão Internacional).

A conduta espiritual e moral do ser humano não se assenta em conceitos filosóficos de culturas ou deduções científicas de laboratórios. O fundamento da conduta espiritual e moral alicerça-se em atos de fé: Crer na existência de Deus, crer que o Universo foi formado pela palavra de Deus e crer que as criaturas de Deus são por Ele responsabilizadas em sua conduta espiritual e moral fundamentado nos conceitos de Sua lei.

Quando pela fé Jesus Cristo é aceito como Senhor no coração, Ele também se torna o Senhor da vontade, do caráter. Paulo declarou: “Com Cristo eu sou um crucificado; vivo, mas não sou mais eu, é Cristo que vive em mim” (Gl 2:19 e 20, Tradução Ecumênica da Bíblia.


Pense: “Satanás tentou destruir a igreja nascente nos tempos apostólicos. Seus métodos naquele tempo eram os mesmos de sempre: (…) tentativas de limitar o papel da palavra de Deus na vida da igreja” (LES. 1o trimestre, 2002, p. 138, Professores).

Desafio: “Não há absolutamente ninguém comparável a ti, ó Senhor; tu és grande, e grande é o poder do teu nome. Quem não te temerá, ó rei das nações? Esse temor te é devido. Entre todos os sábios das nações e entre todos os seus reinos não há absolutamente ninguém comparável a ti” (Jr 10:6 e 7, Nova Versão Internacional).


Terça-Feira, 10/11/2015
› UM CHAMADO AO ARREPENDIMENTO

Arrependimento, o que significa essa tomada de atitude? Ao profeta Jeremias foi ordenado por Deus: “Diga-lhes tudo o que eu lhe ordenar; não omita uma só palavra. Talvez eles escutem e cada um se converta de sua má conduta” (Jr 26:2 e 3, Nova Versão Internacional).

Logo, o arrependimento está relacionado com o plano de Deus para as Suas criaturas que contra Ele se rebelaram, pecaram, rejeitando a Sua vontade revelada em Sua lei (Jr 26:4), e passaram a praticar a má conduta. Isto é, aceitaram o mal e rejeitaram o bem. Esta era a condição do povo de Judá. Jeremias devia chamá-los ao arrependimento, concitando-os e desafiando-os a rejeitar o mal e aceitar o bem. Arrependimento segundo Deus é fazer esta troca de conduta. É dar meia volta no caminho que está seguindo. Rejeitar a direção do pecado com suas ilusórias atrações e voltar-se para a justiça, para Deus com o Seu plano de esperança e de futuro (Jr 29:11).

Todo o processo do plano da salvação tem o seu epicentro em Deus. Todo o pecador sob o impacto do pecado sente que a situação em que se encontra não satisfaz os anseios mais profundos do seu íntimo. Ele anseia e procura algo melhor, mas não sabe onde. Volta-se para todos os lados e segue as mais variadas direções, com a clara percepção que está num labirinto. Por mais que procure não encontra nenhuma saída.

Esta era a condição nos dias do profeta Jeremias. O povo, perdido no labirinto de deuses que nada significavam e sob a ameaça do cativeiro ás portas. Ainda assim rejeitavam a voz do profeta e se aprofundavam pelos meandros do labirinto do pecado.

Rejeitavam a única alternativa que vem de fora do labirinto e de cima, para onde o homem não tem condições de caminhar. “Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Rm 2:4, Almeida Revista e Atualizada).

Tudo o que o homem intenta e faz é sem valor e sem nenhum resultado positivo em relação à angustiante situação em que se encontra. Se não houvesse socorro vindo de fora, nenhuma esperança haveria para o homem sob o domínio do pecado.

Deus, o Soberano do Universo, aproxima-se do homem aflito e perplexo em nível humano, como o Pai em busca do filho: “Com laços de amor e de carinho Eu os trouxe para perto de Mim; Eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo” (Os. 11:4, Bíblia na Linguagem de Hoje).


Pense: “No passado Deus não levou em conta essa ignorância, mas agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam” (At 17:30, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Por isso diga à nação de Israel: Assim diz o Soberano, o Senhor: Arrependa-se! Desvie-se dos seus ídolos e renuncie a todas as práticas detestáveis!” (Ez 14:6, Nova Versão Internacional).


Quarta-Feira, 11/11/2015
› O CHAMADO PARA A MORTE

Duros de ouvidos para ouvir e entender. No entanto, sempre foi assim, desde Adão e Eva. Deus disse para os nossos primeiros pais: obedeçam e vivereis, se desobedecerem, morrereis. Bastou a insinuação de uma dúvida para desconfiar e questionar a orientação de Deus.

Nos dias do profeta Jeremias, os sacerdotes e os falsos profetas amotinaram o povo contra o profeta e decidiram que devia ser morto. É intrigante que as lideranças temporais foram do palácio real para o templo para saber a razão do tumulto. Quando ouviram os argumentos dos sacerdotes e falsos profetas, de que Jeremias profetizou contra Jerusalém, questionaram o seu veredito de condenação (Jr 26:11 e16).

Este incidente lembra a condenação de Jesus seis séculos depois. Enquanto os sacerdotes e outras lideranças espirituais bradavam contra Jesus para que fosse condenado à morte, Pilatos, governante temporal e sem convicções espirituais, perguntava: “Por que? Que crime este homem cometeu? Não encontrei nele nada digno de morte” (Lc 23:22, Nova Versão Internacional).

Ensina-nos este incidente, de que, quando o diabo corrompe os santos princípios espirituais estabelecidos por Deus, o ser humano é dominado por ódio mortal contra aqueles que vivem a vontade de Deus. Jesus declarou para os Seus opositores: “Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez. Mas vocês estão procurando matar-me, sendo que eu lhes falei a verdade que ouvi de Deus” (Jo 8:39 e 40, Nova Versão Internacional).

As mensagens proféticas da Escritura avisam que nosso planeta tem data marcada para a sua destruição com a eliminação do pecado e pecadores. Comparativamente apenas um remanescente, um punhado insignificante crê que este acontecimento está às portas.

O dia chegará em que este remanescente também será acusado por lideranças espirituais como perturbadores da ordem pública e dignos de condenação à morte. É bem provável que durante algum tempo as lideranças temporais perguntarão: por que?

O conflito entre Cristo e Satanás é espiritual, entre a justiça e o pecado, a verdade e a mentira, relacionado com a obediência e desobediência à vontade de Deus, com a recompensa de vida ou morte.

O profeta Jeremias, em seu confronto com o engano, revelou firmeza de fé e caráter, transmitindo com ousadia o apelo e a certeza da intervenção divina no momento determinado (Jr 26:12-15).


Pense: “Agora, corrijam a sua conduta e as suas ações e obedeçam ao Senhor, o seu Deus. Então o Senhor se arrependerá da desgraça que pronunciou contra vocês” (Jr 26:13, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3:12, Nova Versão Internacional).


Quinta-Feira, 12/11/2015
› A FUGA DE JEREMIAS

As lideranças temporais, os príncipes do povo, que foram ao templo para certificar-se do que estava acontecendo, tinham mente mais aberta e receptiva do que aqueles que deviam ser os guias do povo em sua conduta espiritual. Eles se assentaram para julgar a questão (Jr 26:10), e conseguiram convencer o povo da inocência do profeta, mudando a sua atitude. O verso 8 declara que o povo com os sacerdotes e falsos profetas prenderam Jeremias e disseram: “Você certamente morrerá” (Jr 26: Nova Versão Internacional).

No verso 16, depois do julgamento dos príncipes, é dito que estes e todo o povo declararam para os sacerdotes e falsos profetas: “Este homem não deve ser condenado à morte! Ele nos falou em nome do Senhor, do nosso Deus” (Jr 26:16, Nova Versão Internacional).

Havia algo de irresistível no porte nobre e corajoso de Jeremias. Falava com a autoridade do céu e não ousaram disputá-la” (S. J Schwantes, Jeremias o Profeta Sofredor).

Trouxeram à lembrança da assembleia ali reunida o exemplo do profeta Miquéias, durante o reinado de Ezequias, que atendeu a advertência e livrou o reino de Judá de uma desgraça (Jr 26:19). É interessante observar que as palavras de Miqueias 3:12, são citadas de maneira textual que é a primeira ocorrência entre profetas.

Argumentando a favor do profeta Jeremias, e dando o veredito do julgamento, naquela oportunidade a liderança temporal impediu a sua execução (Jr 26:24).

No desfecho final do grande conflito espiritual, em circunstâncias similares, quando as lideranças espirituais espúrias se levantarem contra os mensageiros de Deus, “Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará (...). Naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto” (Dn12:1, Nova Versão Internacional).

No caso do profeta Jeremias, Deus valeu-se dos príncipes daquele tempo para libertar o profeta da condenação à morte. Nas acusações e no julgamento final, Jesus, o Grande Príncipe, protetor de Seu povo, se levantará com autoridade e poder irresistível para libertar Seus amados da condenação à morte e conceder vida eterna.


Pense: “Quando os líderes de Judá souberam disso, foram do palácio real até o templo e se assentaram para julgar” (Jr 26:10, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencera, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis” (Ap 17:14, Nova Versão Internacional).


Sexta-Feira, 13/11/2015
› ESTUDO ADICIONAL

Por que Jesus colocou perante os seus ouvintes e mestres da lei o mandamento do talião da lei de Moisés? “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’” (Mt 5:38, Nova Versão Internacional).

Podemos discernir uma aplicação de que Jesus cumpriu o mandamento de talião em Sua morte? Quem transgrediu a ordem, a lei de Deus, de não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal? O homem. O pecado determinou a morte. “Porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23, Almeida Revista e Atualizada).

Adão cometeu todas as agressões, à criatura santa e perfeita de Deus, ele mesmo, consciente de seus atos. (PP 49). A transgressão da lei moral exigia a morte. Pela determinação do mandamento de talião, o homem agressor de seu semelhante e transgressor do mandamento de talião, devia sofrer em seu corpo todas as consequências de seu ato contra a criação santa e perfeita de Deus.

Porém, Jesus assumiu toda a culpa da agressão e transgressão: Olho por olho, dente por dente. Tudo o que nós deveríamos sofrer como consequências do nosso pecado, pela ofensa de nossa desobediência, foi executado em Jesus, como se Ele, primeiro, o tivesse praticado em nós e contra nós.

Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante dele; sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano (...). Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Is 52:14, 53:4, Nova Versão Internacional).

Não houve uma parte do corpo de Jesus, que não sofreu as consequências de nossas ofensas a Deus. O mandamento de talião foi executado nEle, em todos os detalhes. Ele foi castigado de tal modo, que se tornou irreconhecível como ser humano.

Porém, Jesus era inocente, sem pecado. Ele não morreu a morte de condenado por transgredir a lei moral; condenado por transgredir o mandamento de talião. Ele morreu a morte do sacrifício. Nasceu em um curral de ovelhas, o animal substituto, sacrificado nos rituais do santuário, para tipicamente expiar os pecados, porque Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. “O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is 53:6, Nova Versão Internacional).


Pense: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2Co 5:21, Nova Versão Internacional).

Desafio: “ Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4:16, Nova Versão Internacional).

terça-feira, 10 de novembro de 2015

RAZÕES PARA SE GLORIAR

Domingo, 8/11/2015 

 RAZÕES PARA SE GLORIAR 

Quando se atenta para as mensagens do profeta, compreendendo que está falando em lugar de Deus como Seu porta voz e não comunicando as suas próprias palavras, os argumentos são tremendamente significativos e profundos em seu sentido. Avaliemos este argumento: “Ah, se a minha cabeça fosse uma fonte de água e os meus olhos um manancial de lágrimas! Eu choraria noite e dia pelos mortos de meu povo” (Jr 9:1, Nova Versão Internacional).

Estes sentimentos são apenas do profeta ou expressam também os sentimentos de Deus? Certamente Deus colocou estas expressões de sentimentos de profunda tristeza na mente e na boca do profeta, mas até certo ponto refletem a grande decepção de Deus quando avalia a rejeição dos planos maravilhosos que fizera para Israel. Paulo advertiu seus filhos na fé com estas palavras: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção” (Ef 4:30, Nova Versão Internacional).

Observemos em duas traduções qual a reação de Deus em face do pecado: “E isso cortou-lhe o coração”, “E afligiu-se o seu coração” (Gn 6:6, Nova Versão Internacional e Bíblia de Jerusalém). O pecado do homem de rejeitar a Deus na manifestação de Seu amor e de Sua graça, é tremendamente doloroso para o Seu coração

Por outro lado, quando o pecador se volta para Deus e O glorifica por conhece-lO como o único Deus vivo e verdadeiro, e compreende as Suas orientações como as únicas que proporcionam alegria plena, Deus se agrada destas coisas e de quem as pratica (Jr 9:23 e 24). 

Foi para este propósito que Deus criou o ser humano bem como todas as Suas criaturas: “Todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz” (Is 43:7, Nova Versão Internacional). 

Esta é a grande razão de gloriar-se: saber que Deus nos criou para a Sua glória e para glorificá-lO. Porém, esta demonstração de glorificação precisa partir de um coração dominado pelo amor que escolhe a Deus, o criador e mantenedor de todo o Universo e de todas as Suas criaturas e faz dEle a única razão de glória. 
Pense: “‘Mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado’, diz o Senhor” (Jr 9:24, Nova Versão Internacional).
Desafio: Mas longe de mim esteja gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6:14, Almeida Revista e Atualizada).

introdução da lição

Sábado, 7/11/2015 

 INTRODUÇÃO 


O que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor que faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:24). Quando avaliamos a história do povo de Israel, que, dividido pelo cisma com Roboão e Jeroboão, é quase impossível compreender a sua trajetória. Deus fala do humilde começo deste povo e de sua gloriosa expectativa: “Olhem para Abraão, seu pai, e para Sara, que lhes deu à luz. Quando eu o chamei, ele era apenas um, e eu o abençoei e o tornei muitos” “Saia da sua terra, (...) e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Farei de você uma grande nação, e o abençoarei (...) e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Is 51:2 e Gn 12:1-3, Nova Versão Internacional).

Que plano glorioso para um povo! No grande conflito cósmico espiritual entre Deus e Satanás, este povo deveria desempenhar a responsabilidade de testemunha, por sua conduta, na vindicação do caráter de Deus perante o Universo, na obediência à Sua lei, e de arautos da Sua justiça e de Seu amor na proclamação do plano da salvação.

Jesus declarou: “Eu sou a verdade” (Jo 14:6), e orou ao Pai em favor daqueles que O aceitam como a Verdade: “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17, Nova Versão internacional). 

Este foi o grande propósito colocado para o povo de Israel: “Vejo um povo que vive separado e não se considera como qualquer nação” “Israel, Meu povo, era santo para o Senhor, os primeiros frutos de sua colheita; todos os que o devoravam eram considerados culpados, e a desgraça os alcançava, declara o Senhor” (Nm 23:9 e Jr 2:3, Nova Versão Internacional).

Esta era a característica inconfundível do povo de Deus, quando foram libertos da escravidão do Egito. Eram separados, santos para o Senhor. Deus não permitia que tocassem nos Seus ungidos ou maltratassem os Seus profetas (Sl 105:15).

No entanto, deste povo Deus fala por meio do profeta Jeremias: “É a falsidade, não a verdade, que prevalece nesta terra. Eles vão de um crime a outro; eles não me reconhecem declara o Senhor” (Jr 9:3, Nova Versão Internacional).

A crise do relacionamento com Deus foi se agravando com o passar dos séculos e o povo que era separado e santo, vivendo a verdade em sua beleza imaculada, transformou-se em adúlteros contumazes e um bando de traidores; deixaram de viver e falar a verdade e se tornaram hábeis mentirosos na conduta e nas palavras. (Jr 9:2 e 5).
Pense: “Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira. Mas, quando eles vieram a Baal-Peor, consagraram-se àquele ídolo vergonhoso e se tornaram tão repugnantes quanto aquilo que amaram” (Os 9:10, Nova Versão Internacional).
Desafio: Quando encontrei Israel, foi como encontrar uvas no deserto; quando vi os antepassados de vocês, foi como ver os primeiros frutos de uma figueira. Mas, quando eles vieram a Baal-Peor, consagraram-se àquele ídolo vergonhoso e se tornaram tão repugnantes quanto aquilo que amaram” (Os 9:10, Nova Versão Internacional). 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

LIÇÃO 06 IASD

4º Trimestre de 2015 - Jeremias
Comentário da Lição 06 - Atos simbólicos


Sábado, 31/10/2015
› INTRODUÇÃO

Não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?” (Rm 9:20).A Escritura Sagrada com as suas mensagens de Deus para o ser humano é um livro repleto de símbolos. Deus usa ilustrações, partindo do conhecido para o desconhecido, do terreno para o celestial e eterno.

A primeira mensagem de Deus para o homem caído foi proferida com símbolos. Ele declarou a inimizade entre a serpente, o diabo, e a mulher, a igreja, Seu povo. A promessa da salvação fundamentou-se na vinda do “Descendente” da mulher, que seria ferido no calcanhar, tipificando a Sua morte sacrifício substituta, mas Ele esmagará a cabeça da serpente, símbolo de Sua vitória completa sobre o inimigo. O primeiro cordeiro morto era símbolo de Jesus e as vestes de sua pele era símbolo da justiça de Deus.

Para Israel os serviços do santuário foram organizados sobre uma estrutura repleta de símbolos. Em realidade, o cerimonialismo era o evangelho da salvação, a mensagem da cruz em símbolos, tipificando o Salvador que viria. Era o evangelho em figuras, a “sombra dos bens vindouros”. (Cl 2:17, Hb 10:1).

Quando Cristo veio a este mundo como a realidade dos símbolos, os “bens vindouros” se tornaram riquezas presentes em Cristo. Os símbolos projetavam a sua luz para o futuro, a cruz. Agora, a cruz projeta a sua “sombra” para o passado, como o cumprimento dos símbolos, e lança para o futuro os fulgurantes raios de luz do evangelho real - Cristo. O evangelho da salvação sempre foi o mesmo desde a preciosa promessa de símbolos proferida para Adão e Eva, assim que o inimigo os venceu. Os métodos para comunicar o evangelho é que foram vestidos da maneira apropriada para os que viveram à sombra da cruz e para os que vivem à glória da cruz. Assim, os símbolos continuam como parte integrante na comunicação do evangelho, a mensagem de Deus para pecadores necessitados de esperança.

O profeta Jeremias, em um tempo de resistência às mensagens de advertência da parte de Deus, anunciando o castigo iminente, recorreu a inúmeros símbolos para despertar os seus endurecidos ouvintes. Vários destes símbolos serão analisados para entender a sua aplicação no tempo do profeta e obter lições para o nosso ensino nos dias atuais.


Pense: “Cumprindo-se, assim, o que fora dito pelo profeta: ‘Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo’” (Mt 13:35, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Assim como se quebra um vaso de oleiro, que não pode mais ser restaurado, quebrarei este povo e esta cidade” (Jr 19:11, Nova Versão Internacional).


Domingo, 1/11/2015
› A VERDADE EM SÍMBOLOS

Para ensinar ao homem o drama do pecado e o plano da salvação Deus usou muitos símbolos para que o pecador pudesse compreender as lições que estavam sendo ministradas. Jesus costumava transmitir os Seus ensinamentos sobre o reino de Deus por meio de parábolas, ilustrações comparativas.

Assim que Adão e Eva pecaram, o primeiro símbolo foi usado por Deus para ensinar o processo da graça e o plano da salvação. Na presença de Deus, o primeiro cordeiro foi morto.

Caim recusando usar o símbolo indicado por Deus para remover o pecado evidenciado e acusado pela lei moral, rejeitou a mediação de Cristo, criando um símbolo de sua própria escolha.

A serpente de bronze, símbolo do poder de Jesus para destruir o pecado, foi o instrumento de cura e salvação para os israelitas picados pelas serpentes do deserto, mas foi destruída pelo rei Ezequias, pois se tornou um instrumento de corrupção espiritual. (2Rs 18:4).

Muitos em sua vivência espiritual correm o risco de centralizar a sua fé e a sua devoção espiritual em símbolos, em detrimento da relação direta com o Senhor de sua vida. Os símbolos têm o seu lugar e valor, mas nunca devem tornar-se objeto de adoração e esperança de poder que atua, ocupando o lugar dAquele a quem simbolizam. Esta prática desvirtua a graça de Deus, e estimula o legalismo das obras e da justiça própria.

Antes da cruz, o pecador que compreendia o verdadeiro ensino e significado das mensagens dos símbolos, olhava com fé para o futuro e exclamava: “Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19:25, Almeida Revista e Atualizada). Depois da cruz, o pecador que compreende a glória de Cristo, olha para o Calvário e exclama: “Porque sei em Quem tenho crido e estou certo que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1:12, Almeida Revista e Atualizada).

A fé é a mesma, a esperança é a mesma, a confiança é a mesma, a certeza é a mesma, porque tudo está centralizado na mesma Pessoa - Cristo Jesus, a graça de Deus em favor do pecador. Não importa se o olhar de fé avançou dois mil anos ou quatro mil anos para o futuro, ou se volta sessenta anos ou dois mil anos para o passado. Todos os olhares se encontram e centralizam a sua fé e esperança nAquele que é a dádiva do Céu para conceder graça e justiça e reconciliar o homem com o seu Deus.


Pense: “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo mas você deve dominá-lo” (Gn 4:7, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12:32, Nova Versão Internacional).


Segunda-Feira, 2/11/2015
› O BARRO DO OLEIRO

Com certeza podemos imaginar Jeremias frustrado em sua missão. Todos os seus esforços pareciam inúteis. As mensagens eram rejeitadas e tramas para matá-lo, fazendo silenciar a sua voz, estavam sendo preparadas.

Sob a pressão destas circunstâncias Deus orientou-o para que fosse a casa do oleiro. Ali aprendeu a importante lição: o oleiro começa a moldar um vaso, mas por alguma razão o vaso estraga. O oleiro recomeça o trabalho e molda um vaso segundo a sua vontade.

A mensagem precisa ser compreendida no contexto do grande conflito cósmico espiritual, a Soberania de Deus e o princípio da liberdade de escolha. Deus moldou criaturas perfeitas. O mau uso da liberdade de escolha, estragou o vaso. Porém, o eterno Oleiro não desiste e ensina a lição para o efêmero profeta: tenho paciência para refazer o vaso. Se permitir que Eu o molde segundo a minha vontade, aceitando a minha Soberania, farei do mesmo barro um vaso para a Minha glória. “Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos” (Is 64:8, Nova Versão internacional).

Pela ilustração do oleiro, Deus revelou para o profeta que todos os acontecimentos, espirituais e temporais, estão sob o seu inteiro controle. Nada acontece fora do tempo determinado.

O profeta Isaías lança luz sobre o ilimitado conhecimento de Deus a respeito de todos os acontecimentos que fazem parte do cotidiano de nosso mundo: “Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro. Eu crio a luz e a escuridão. Eu controlo todos os acontecimentos, os bons e os maus. Eu, o Senhor, é que faço todas essas coisas” (Is 45:6 e 7, Bíblia Viva).

Eu controlo todos os acontecimentos, os bons e os maus”. Esta maneira de colocar o argumento permite a ideia de que o autor dos estragos nos vasos é o inimigo no grande conflito cósmico espiritual, mas que Deus controla todos os atos deste autor, que é Satanás, e realiza os Seus propósitos a seu tempo e segundo a Sua vontade. Isto está muito evidente na experiência de Jó, iluminando este detalhe. Satanás teve permissão de Deus para lançar as calamidades em várias situações na vida de Jó. Contudo, Ele controlou a maligna ação do diabo em harmonia com os Seus desígnios, limitando as atuações do inimigo em todos os acontecimentos. “O Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, ele está nas tuas mãos: apenas poupe a vida dele’” (Jó 2:6, Nova Versão Internacional).


Pense: “Vocês viram as coisas pelo avesso! Como se fosse possível imaginar que o oleiro é igual ao barro! Acaso o objeto formado pode dizer àquele que o formou: ‘Ele não me fez’? E o vaso poderá dizer ao oleiro: ‘Ela nada sabe’”? (Is 29:16, Nova Versão Internacional).

Desafio: “Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? ‘Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Porque me fizeste assim?’” (Rm 9:20, Nova Versão Internacional).


Terça-Feira, 3/11/2015
› A DEGENERAÇÃO DE UMA NAÇÃO

Jeremias apresenta um retrato do povo de Judá, um remanescente que por Deus foi liberto da escravidão do Egito como Israel: “Porque eles me abandonaram e profanaram este lugar, oferecendo sacrifícios a deuses estranhos, que nem eles nem seus antepassados nem os reis de Judá conheceram; e encheram este lugar como o sangue de inocentes" (Jr 19:4, Nova Versão Internacional).

Qual era o propósito de Deus para este povo? “E vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa… Eles me farão um santuário e eu morarei no meio deles” (Êx 19:6 e 25:8, Tradução Ecumênica da Bíblia).

Deus fala de Seu povo como sendo um reino de sacerdotes, o que equivale a dizer que cada israelita era concitado à consagração total aos propósitos redentores de Deus, participando do reino da graça. Ser sacerdote não significa apenas ser alguém separado para viver para Deus, mas um arauto, um proclamador do plano de salvação estabelecido por Deus, para chamar outros pecadores, para escolher a Deus como o Senhor de sua vida e unir-se ao povo do reino da graça. A presença de Deus, tipificada nos serviços do santuário, devia constituir-se a força motivadora para o cumprimento desta missão.

Todo pecador deveria receber de cada israelita o eloquente testemunho de que o Único que pode oferecer um plano de esperança e vida para pecadores condenados, é Deus, o Senhor.

Libertos da escravidão opressora do Egito, peregrinando envolvidos pela graça de Deus, vendo supridas todas as suas necessidades básicas e recebendo as orientações espirituais, os israelitas compreenderam que eram um povo separado. Receberam as normas de conduta de quem vive no Reino da graça e se prepara para o Reino da glória. Para que pudessem compreender claramente tudo o que aconteceu na sua libertação e compreender os propósitos redentores de Deus, entendendo que foram separados para ser o Seu povo eleito, o Senhor Deus declarou: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20:2, Tradução Ecumênica da Bíblia).

Oito séculos depois do Sinai o profeta Jeremias recebeu a desafiadora missão para despertar “o reino de sacerdotes, a nação santa”, da mais aviltante condição de apostasia. Todo o esforço foi inútil. Como estamos hoje respondendo ao propósito de Deus?


Pense: Qual seria a demonstração convincente para o mundo de que os israelitas eram os instrumentos escolhidos para proclamar o amor, a justiça, o perdão e a reconciliação, como a proposta divina para pecadores sem esperança? “Dize aos filhos de Israel: observareis, todavia, os meus sábados, pois é um sinal entre vós e mim, de geração em geração, para que se reconheça que sou eu, o Senhor, que vos santifico” (Êx 31:13, Tradução Ecumênica da Bíblia).

Desafio: “Porei a minha morada no meio de vós; não terei aversão a vós; caminharei no meio de vós; eu para vós serei Deus, e vós sereis para mim o povo. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos fiz sair da terra dos egípcios, para que não sejais mais seus servos; fui eu que quebrei as cangas do vosso jugo e vos fiz caminhar de cabeça erguida” (Lv 26: 11-13, Tradução Ecumênica da Bíblia). 


Quarta-Feira, 4/11/2015
› QUEBRANDO A BOTIJA

Jeremias já havia ido à casa do oleiro para acompanhar o seu trabalho refazendo um vazo de barro que não saiu do seu agrado. Aprendeu a lição do amor e da graça de Deus disposto a conceder nova oportunidade ao povo de Judá, para dele fazer um vaso que glorificasse o Seu nome, se tão somente abandonassem seus caminhos pecaminosos e permitissem que com Sua graça os modelasse segundo a Sua vontade. A mensagem não estava surtindo o efeito desejado.

Deus mandou Jeremias de volta para a casa do oleiro, mas levando consigo alguns líderes e sacerdotes do povo. Na presença deles devia comprar um vazo pronto e dirigir-se para a porta dos Cacos, e ali proferir a advertência da justiça de Deus que Ele executará contra Judá e Jerusalém, porque não deram ouvidos ao Seu apelo de amor e graça.

Depois de proferida a sentença de condenação devia quebrar o vaso como uma poderosa ilustração do juízo e dos castigos que atraíram sobre si mesmos, por sua conduta obstinada e rebelde.

Obstinação, é definido como apego forte e excessivo às suas próprias ideias; persistência em seguir um caminho que pode ser bom ou mau. O povo de Judá e especialmente as suas lideranças apegavam-se às suas próprias ideias sobre conduta espiritual e moral e rejeitavam decididamente as orientações de Deus. Entraram pelo mau caminho dos atos pecaminosos dos povos rebeldes contra Deus e zombavam das mensagens de advertência do profeta.

O vaso quebrado significava que nada mais Deus poderia fazer em favor deles. A incredulidade endureceu a mente de tal modo que resistia a todos os Seus apelos.

Asafe, o músico regente do reinado de Davi, faz a declaração: “Sim, viraram as costas para Deus e O tentaram, e limitaram o Santo de Israel” (Sl 78:41, King James Version, tradução livre).

Respeitando a liberdade de escolha conferida para o ser humano, Deus não obriga ninguém a aceitar a Sua vontade e os Seus caminhos. A Sua poderosa arma é o Seu amor eterno e a Sua benignidade para atrair (Jr 31:3). Quando esta manifestação é rejeitada pela incredulidade, o poder da ação de Deus é limitada, porque Ele não atua pela compulsão. “Já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3:36, Nova Versão Internacional).


Pense: “Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afasta do Deus vivo” (Hb 3:12, Nova Versão Internacional).

Desafio: “E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade deles” (Mt 13:58, Nova Versão Internacional).


Quinta-Feira, 5/11/2015
› O CINTO DE LINHO

Deus usou mais uma ilustração com o profeta Jeremias para transmitir o que Ele fará com Judá em razão da obstinação do povo em ouvir e atender as Suas mensagens. O profeta devia comprar um cinto de linho, usá-lo em sua cintura, mas não permitir contato com água. Pouco tempo depois recebeu instruções para ir a determinado lugar e esconder o cinto na fenda de uma rocha.

O local indicado para o profeta tem dado trabalho para os eruditos em identificá-lo. O hebraico “perath”, é traduzido por Eufrates. Alguns entendem que o profeta foi duas vezes até o rio Eufrates para às suas margens enterrar, e depois de algum tempo, buscar o cinto. O local mais próximo para chegar ao Eufrates, de Jerusalém, é Tifsa, 500 quilómetros ao norte. Se tivesse que ir até Babilônia, onde o rio já é grande, teria mais 600 quilómetros de viagem. Em linha reta de Jerusalém até a Babilônia são 800 quilómetros, praticamente tomados pelo deserto da Arábia, inviabilizando o percurso.

O erudito Dr. S.J. Schwantes, argumenta que pode ter ocorrido um erro de cópia. Próximo de Anatote, dois quilómetros a noroeste de Jerusalém, localiza-se outra pequena cidade de nome “Parah”, em hebraico (Js 18:23), e em sua proximidade corre um riacho de mesmo nome. As duas palavras são bastante similares. (Jeremias o Profeta Sofredor, p. 77).

O texto de Jeremias apresenta um detalhe interessante que admite interpretações alternativas. Não especifica o local geográfico como rio, mas admite outros locais. Assim, enquanto traduções rezam: “vai ao Eufrates” (ARA), admitindo que o local é o rio Eufrates e sugere uma ação mediata que requer mais tempo. Outras traduzem: “vá agora a Perate” (NVI), admitindo outros locais, além de um rio e sugere uma ação imediata e realizada em pouco tempo.

A informação do profeta “passados muitos dias” (ARA), é válida para as duas alternativas, porém, as duas jornadas até o Eufrates não adicionam maior significado para a lição central: o povo que devia estar apegado a Deus como o cinto ao corpo do homem, tornou-se completamente inútil como um reino de sacerdotes proclamando a história do Seu amor e o plano redentor.

Porém, a aplicação do autor às jornadas do profeta tipificando a deportação para o exilio e a alegria do retorno, é significativa. No entanto, considerando que nas circunstâncias só faz sentido para o profeta, a aplicação perde muito de sua força. Fica também a pergunta intrigante: por que fazer duas jornadas de 1000 km ou 2200 km?


Pense: “Este povo ímpio, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que age segundo a dureza de seus corações, seguindo outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los, que este povo seja como aquele cinto completamente inútil” (Is 12:10, Nova Versão Internacional).

Desafio: “ Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mt 5:13, Nova Versão Internacional).


Sexta-Feira, 6/11/2015
› ESTUDO ADICIONAL 

“Vocês nunca fariam um plano como esse, porque os meus pensamentos são muito diferentes dos seus; Minha maneira de agir é muito diferente da sua! Porque assim como o céu é mais alto que a terra, os meus caminhos são mais altos que os seus caminhos, e os meus pensamentos mais altos que os seus pensamentos” (Is 55:8 e 9, Bíblia Viva.

Deus declara: “O meu modo de pensar é diferente do teu modo de pensar”. E apela para que mudemos nosso modo de pensar e passemos a pensar como Ele pensa. Como podemos mudar o nosso modo de pensar?

“Decidi-me a falar só de Jesus Cristo e de sua morte na cruz. Fiz isso, porque desejava que vocês tivessem uma fé firmemente baseada em Deus, e não em grandes ideias de algum homem” (1Co 2:2 e 5, Bíblia Viva).

Paulo é claro: O estilo de vida do Evangelho não é ditado pelo padrão humano, ou pela sociedade, mas pelo padrão transmitido pelo Espírito Santo. Paulo apresenta uma linha de pensamento muito importante: “Esse plano estava oculto em tempos passados, embora tivesse sido preparado para nosso benefício antes que o mundo começasse. Entretanto os grandes homens do mundo não o compreenderam; se tivessem compreendido, nunca haveriam crucificado o Senhor da glória” (1Co 2:7 e 8, Bíblia Viva).

Por que foi Jesus rejeitado e crucificado? Porque os homens não conseguiram pensar como Cristo pensa. Se houvessem conhecido e compreendido o pensamento de Deus e seguido o estilo de vida que Ele transmite, não teriam crucificado Jesus, o Senhor da glória. Dois estilos de pensamento se chocaram, duas ideias contrastantes de conduta entraram em conflito.

Nos dias do profeta Jeremias aconteceu o mesmo com o povo de Judá. O povo não assimilava de maneira alguma o pensamento de Deus, por mais que insistisse com ilustrações para abrir o entendimento. As mensagens de advertência eram ridicularizadas e rejeitadas. O profeta foi ameaçado de morte como tentativa para fazê-lo calar. A consequência foi a rejeição da parte de Deus e o cativeiro.

Por que Cristo é rejeitado hoje? O problema continua o mesmo, os homens não conseguem pensar como Cristo pensa. Todos precisam decidir entre estas duas maneiras de pensar que ditam estilos de vida contrastantes. É impossível viver os dois estilos. É preciso que haja uma definição.


Pense: “Entretanto, o homem que não é cristão não pode entender nem tampouco aceitar esses pensamentos de Deus, que nos são ensinados pelo Espírito Santo. Parecem-lhe absurdo, porque só aqueles que têm o Espírito Santo de si mesmos é que podem compreender o que o Espírito Santo quer dizer. Os outros simplesmente não podem perceber” (1Co 2:14, Bíblia Viva).

Desafio: “Mas por estranho que pareça, nós, cristãos, possuímos efetivamente dentro de nós uma parcela dos próprios pensamentos e da mente de Cristo” (1Co 2:16, Bíblia Viva).